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Saiba tudo sobre a qualidade da água de um poço artesiano

Saiba tudo sobre a qualidade da água de um poço artesiano

A qualidade das águas provenientes de poços artesianos é um fator essencial para o bom funcionamento de todo o conjunto. Afinal, de nada adianta a perfuração, manutenção e regularização do sistema se a água não chegar na superfície em condições ideais de uso, principalmente quando se trata de consumo humano.

 

Até porque, a instalação mal-realizada, seja por conta do local, equipamentos ou manutenção, pode gerar instabilidades e inseguranças para a vida da população abastecida pelo poço artesiano. 

 

Neste texto, a Geodril trouxe direcionamentos, com apoio de dados, artigos e legislações sobre como o procedimento de perfuração de um poço artesiano pode impactar a qualidade da água que você consome. Boa leitura!

Padrões de qualidade da água

De maneira geral, é difícil perceber coliformes e outras irregularidades na água que consumimos no dia a dia. Por isso, antes de partirmos para o ponto principal do texto, é necessário entendermos quais são os padrões de qualidade que devem ser seguidos, de acordo com a Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde. 

 

Estes parâmetros seguem vários indicadores, que são decorrentes de três análises diferentes, antes dos profissionais começarem, de fato, o processo de tratamento da água.

Análise das composições

As amostras são coletadas em pequenas quantidades, a depender dos tipos de análise que serão realizadas. Depois, são encaminhadas para um laboratório especializado, que realiza todos os testes e direciona o tratamento para tornar a água própria para consumo.

 

Na análise física, a água deve ter, no máximo, 15 UH (unidade Hazen) em sua composição para garantir a coloração transparente. Quanto à turbidez, o valor máximo permitido é de 1,0 UT (unidade turbidimétrica).

 

A análise química, por sua vez, estabelece que o máximo de Fluoreto, utilizado para prevenir problemas dentais, deve ser de 1,5 miligramas por litro. O pH da água deve estar entre 6 e 9,5, sendo que qualquer valor fora disso pode afetar o sistema digestivo dos seres vivos. Já o cloro deve variar entre 0,2 e 2,0 miligramas por litro.

 

Por fim, na análise biológica, são examinadas diversas amostras de 100ml, que devem estar sempre livres de coliformes totais e termotolerantes, protegendo a população de doenças gastro-intestinais, parasitárias, e até mesmo de casos de Alzheimer. Além de, é claro, garantir água limpa para os usuários do poço artesiano.

Ferro e Manganês

Além das análises já mencionadas, o tratamento também visa remover ferro e manganês da quantidade de água que chega na superfície. Essas duas substâncias são extremamente abundantes na natureza, principalmente em regiões subterrâneas.

 

De acordo com um estudo feito pela UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, cerca de 70% dos poços artesianos alocam um excesso de ferro em suas reservas de água.

Importância da qualidade da água

O tratamento da água de poço artesiano é um procedimento imprescindível para torná-la própria para consumo humano. As reservas estão localizadas em um nível da terra com presença excessiva de rochas, que contribuem na filtragem da água, mas também alteram a sua composição. Por isso, na maioria dos casos, ela chega à superfície em boas condições, mas com algumas instabilidades.

 

O desequilíbrio na composição física, química e biológica pode ocasionar:

  • Contaminações microbiológicas

  • Baixa filtragem de água em organismos

  • Problemas no sistema digestivo

  • Corrosão em tubulações

  • Infecções

 

Já o excesso de ferro e manganês pode gerar:

  • Mau cheiro

  • Manchas em roupas e tecidos

  • Coloração escura em vasos e pias sanitárias

  • Sabor metálico

  • Proliferação de bactérias

 

Como dito, a presença destes metais é natural e comum nas reservas. O problema é que, em alguns casos, o tratamento realizado não é o suficiente para remover a quantidade necessária, impactando negativamente os consumidores locais e contribuindo com a escassez de potabilidade nas regiões afetadas.

Abastecimento e consumo dos poços artesianos

Um dos principais reservatórios de água potável no mundo são os aquíferos. Localizados a cerca de 500m abaixo da superfície terrestre, eles podem abastecer residências, fazendas, indústrias e até mesmo cidades por meio de um poço artesiano. A depender, é claro, da sua extensão e volume. 

 

Ainda que a água de reservas subterrâneas seja um recurso renovável, o aumento da demanda dos seres humanos por água potável com o passar do tempo vem tornando-a escassa. 

 

Esse fato se torna ainda mais alarmante se considerarmos que cerca de 97,5% da água do planeta fica nos oceanos e é considerada imprópria para consumo por conta do excesso de sal.

 

Essa escassez gera um fenômeno denominado de estresse hídrico, quando a demanda de água dos habitantes é maior que a oferta. De acordo com especialistas, a expectativa é que metade da população mundial viverá em áreas impactadas por essa condição daqui até 2025.

 

É irrealista pensar na possibilidade de filtragem das águas dos oceanos para sanar esse problema. Ainda que muitos países e cidades optem pela dessalinização da água salgada para abastecer as regiões, o processo é caro e pouco efetivo, já que apenas 1 ⁄ 3 das amostras são totalmente dessalinizadas.

 

Mesmo nestas condições desfavoráveis, a instalação de poços artesianos surge como uma ótima alternativa para atender as demandas de água potável. O sistema econômico e sustentável contribui com a escassez sem prejudicar o meio-ambiente.

 

E justamente por se encontrarem a uma longa distância em relação à superfície, os aquíferos dificilmente se encontram poluídos e impróprios para uso. Isso não significa, entretanto, que não são alvos fáceis de destruição. Por isso, é necessário prezar pelo ambiente local e pela condição do aquífero no qual o poço artesiano foi implementado.

Comparação com outros sistemas de abastecimento

Mesmo que não seja da dimensão das principais redes de abastecimento, os poços artesianos garantem uma qualidade elevada quando comparados com outros sistemas. A cisterna, por exemplo, que capta a água da chuva no solo para uso doméstico, é muito mais favorável a impurezas e contaminações.

 

De acordo com José Galizia Tundisi, ecólogo, limnólogo e pesquisador brasileiro, a perfuração de um aquífero por um poço artesiano, em perfeitas condições e seguindo todas as normas técnicas e recomendações, pode trazer diversas vantagens para a propriedade, sendo elas:

 

  • Custo inferior comparado a qualquer outro tipo de abastecimento;

  • Suprimento constante de água, independente de outras redes;

  • Diminuição dos problemas de seca e estiagem.

 

Caso a pressão da água nos aquíferos não seja a adequada, existem mecanismos que ajudam a sanar o problema. Por exemplo, a bomba de poço artesiano, quando instalada, capta a água do subsolo e leva até a superfície. 

 

Existem diversos modelos de bombas e a maioria funciona de forma silenciosa e raramente precisa de manutenção, se instalada corretamente. Nesse caso, o nome do sistema passa a ser poço semi-artesiano.

 

A perfuração de poços artesianos ou semi-artesianos é, sem dúvidas, o principal procedimento na construção do sistema. Na Geodril, trabalhamos com profissionais e equipamentos de alta qualidade para garantir o melhor aproveitamento das reservas. Entre em contato e faça o seu orçamento aqui.

Relação entre poços artesianos e sustentabilidade

O relacionamento entre os poços artesianos e semi-artesianos e a sustentabilidade é diretamente proporcional. Os dois se complementam e se beneficiam de maneira mútua e parecida.

 

Ao mesmo tempo que a qualidade da água que abastece a região é essencial para garantir um ambiente sustentável para a população local, a água limpa significa, na maioria dos casos, que o local em volta está livre de poluição e componentes químicos que podem danificar as reservas aquáticas.

 

Em regiões rurais, o alto uso de fertilizantes - utilizados para recuperar solos pobres em nutrientes - e agrotóxicos - usado para matar insetos, larvas e pragas que invadem as plantações - podem afetar diretamente a qualidade da água das reservas. Isso porque a água passa por todo o solo antes de chegar à superfície.

 

Portanto, é importante tomar os devidos cuidados ao instalar um poço. Por exemplo, a construção de poços artesianos ou semi-artesianos em locais impróprios e sem saneamento básico, ignorar a manutenção, e a poluição da água decorrente com componentes químicos são algumas medidas que devem ser monitoradas para manter o funcionamento do sistema.

 

Como você acabou de ver, poços artesianos oferecem uma opção sustentável e econômica para as propriedades que optam por instalá-los. Entretanto, existe uma série de avaliações de perfuração, estudos de viabilidade e procedimentos de regularização que devem ser cumpridos antes de usufruir dos seus benefícios. Essas e outras informações você pode conferir neste artigo.

Melhor qualidade de água com a Geodril

Furar poço artesiano não é uma tarefa fácil e pode afetar diretamente na qualidade da água que chega na superfície. Os procedimentos demandam tempo, cuidado e equipamentos específicos. Tanto no começo, durante a perfuração e regularização do sistema, quanto na manutenção, que deve ser feita periodicamente após a instalação e uso dos poços artesianos.

 

A Geodril preza pela qualidade da água que abastece os poços que instala. Por isso, trabalhamos com profissionais capacitados e equipamentos de alta qualidade. Além de garantir os melhores resultados possíveis, todo o procedimento é realizado com cautela para evitar possíveis problemas. Entre em contato e agende uma visita!